October 22, 2020

Procura-se uma vacina para a psicopatia presidencial

 MEDO & DELIRIO EM BRASILIA

Só assim para o capitão se curar. E de preferência uma vacina americana, que não tenha nada a ver com o Doria. Capitão esculachando general é mais um dia normal no Palácio, cheios de medalhas no peito mas sem nenhum brio, sem qualquer dignidade.

Depois de muita pressão de parlamentares e governadores enfim o general da Saúde se comprometeu a comprar a vacina chinesa, afinal, é a que vem melhor se saindo nos estudos, e não pegou nem um pouco bem o governo federal fingir que a vacina não existe.

“Isolado com sintomas de Covid-19, o ministro da Saúde Eduardo Pazuello vem sentindo na pele, nas últimas horas, o que Luiz Henrique Mandetta viveu na pasta quando entrou em rota de colisão com o Planalto por se aproximar de João Doria nas ações da pandemia. Nesta terça, depois de uma reunião com governadores, o chefe da Saúde afirmou que a vacina da China, produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, seria o imunizante brasileiro na luta contra o vírus. um protocolo de intenções teria sido desenhado para garantir a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac no fim do ano e outro lote de 100 milhões de doses no meio de 2021. “A vacina do Butantan será a vacina brasileira. Com isso, o registro vem pela Anvisa e não pela Anvisa chinesa. E isso nos dá mais segurança e margem de manobra”, afirmou o ministro.” [Veja]

Doria, malandro, sambou em cima do Bolsonaro:


É impressionante como o Doria tá em eterna campanha eleitoral. E o candidato á reeleição Bolsonaro ficou puto, ele odeia mais o Dortia que os comunistas, falo com tranquilidade:

“A adesão da Saúde, que anunciou ainda a edição de uma medida provisória de 1,9 bilhão de reais para a compra do produto, pegou o Planalto de surpresa.”

É mentira mas sigamos.

Pazuello foi fortemente cobrado por Jair Bolsonaro diante da leitura de que o ministro, ingenuo politicamente, acabou oferecendo a Doria “o grande palanque nacional da vacina”, um erro político semelhante ao de Mandetta, na avaliação do Planalto, quando fez tabelinha com Doria numa das primeiras grandes coletivas de combate ao coronavírus no início do ano.”

Ué, não era um governo técnico – sejamos bondosos e digamos que Pazuello é um técnico em logística – técnicos não deveriam ser politicamente ingênuos?! Ele tá dizendo que um ministro da saúde deveria tomar decisões políticas?! Estou confuso. Ah, e sabe quem é o ministro politicamente mais ingênuo desse governo?!

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Bolsonaro chamou uma reunião com Pazuello logo cedo para cobrar explicações. A leitura, segundo auxiliares palacianos, é de que o ministro se deixou envolver por Doria, franqueando os holofotes políticos ao governador, que capturou o noticiário de grande organizador da vacina, enquanto o governo Bolsonaro, que bancará toda a logística, saiu como coadjuvante. A chamada “ala civil” da Esplanada, há tempos incomodada com alguns movimentos dos militares, entrou com tudo nessa discussão. Bolsonaro deseja desfazer a “trapalhada” de Pazuello porque considera que o anúncio de compra da vacina chinesa foi prematuro, pois ainda não há sequer comprovação de eficácia do produto. A coisa anda feia para o general. Há pouco, nas redes, Bolsonaro desautorizou o auxiliar ao escrever numa rede social, em letras garrafais, que a vacina chinesa, ao contrário do que prometeu Pazuello, “NÃO SERÁ COMPRADA”.”

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“Alerto que não compraremos vacina da China. Bem como MEU GOVERNO NÃO MANTÉM DIÁLOGO COM JOÃO DORIA SOBRE COVID-19.” [O Globo]

O presidente da república, que deveria agir de forma republicana e por isso impessoal, tá proibindo qualquer diálogo do governo federal com o governador do maior estado do país em plena pandemia! É CRIME DE RESPONSABILIDADE, PORRA!! Mais um. A postura presidencial é criminosa. E é só a cereja no bolo duma sucessão de sabotagens do presidente contra qualquer forma de lidar com a pandemia.

“Para Bolsonaro, Pazuello está “querendo aparecer demais, está gostando dos holofotes, como o Mandetta”. Bolsonaro está irritado também porque avalia que Pazuello acabou por entrar num “o jogo político que só interessa ao Doria”.” [O Globo]

Todo esse governo é um jogo político que interessa ao Bolsonaro, e o governo é dele, o ministério é dele, ele mesmo já disse ser a Constituição. Mas ai se houver jogo político que não seja do agrado do instável presidente….

No Ministério da Saúde, a perplexidade é geral: ninguém tinha conhecimento de veto tão explícito — até porque, se tivessem, nenhum anúncio teria sido feito.”

Hummmm, é claro que Pazuello não assinaria sem a concordância do capitão, então o que fez Nolsonaro mudar de idéia?!

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“Carlos Bolsonaro advertiu o pai ontem sobre o massacre que estava acontecendo ontem nas redes de seguidores bolsonaristas, de críticas contra o anúncio da compra da vacina chinesa, feito por Eduardo Pazuello. Influenciadores de extrema direita gravaram vídeos e fizeram até lives atacando a decisão do governo. Não foi a primeira crise recente vivida pelos Bolsonaro entre seus seguidores mais fanáticos. A escolha de Kassio Nunes Marques para o STF também foi muito mal recebida, e até hoje gera críticas ao presidente, que tem sido cobrado por vir se afastando da ala mais radical de seus apoiadores.” [Época]

Sim, Bolsonaro desesperou e atropelou o general.

“”Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da Ditadura chinesa”, comentou um usuário. O presidente respondeu: “NÃO SERÁ COMPRADA”, em letras maiúsculas.” [Estadão]

Olha o naipe do comentário que o presidente respondeu. E imagine que vida miserável tem um presidente que tem tempo pra ficar respondendo comentário no facebook!

A outra usuária que disse para o presidente exonerar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, “urgente” porque ele estaria sendo cabo eleitoral do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Bolsonaro respondeu que “tudo será esclarecido hoje”. “NÃO COMPRAREMOS A VACINA DA CHINA”, voltou a dizer, também em maiúsculas. A um outro seguidor que disse que Pazuello os traiu ao comprar a vacina chinesa e que o presidente “se enganou mais uma vez”, Bolsonaro afirmou que “qualquer coisa publicada, sem qualquer comprovação, vira TRAIÇÃO”. Depois em post publicado no Facebook oficial, com o título “A vacina chinesa de João Dória”, Bolsonaro afirmou que “qualquer vacina, antes de ser disponibilizada, deverá ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa” e que “o povo brasileiro não será cobaia de ninguém”

Disse o sujeito que enfiou cloroquina goela abaixo do povo brasileiro e agora cobra comprovação ceintífica quando não é do seu agrado.

“Bolsonaro também escreveu que “não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou fase de testagem”. Segundo o Ministério da Saúde, o valor desembolsado deve ser de R$ 1,9 bilhão. “Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”, afirmou o presidente. O argumento de Bolsonaro, porém, contradiz ato anterior da sua própria gestão. O ministério já firmou outro acordo bilionário para adquirir uma vacina que ainda está em teste. Em agosto, o próprio presidente assinou medida provisória liberando R$ 1,9 bilhão em recursos para a compra de 100 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.”

risos

Também teve ministro do governo metendo o mesmo caô:

“Na atual situação econômica, Brasil não pode gastar quase US$ 2 bilhões na compra de uma vacina que não está comprovada cientificamente, nem certificada  pela Anvisa. Não há ainda nenhum país interessado nesta vacina.”

Uruguai e Chile não devem fazer parte do globo terrestre plano do presidente. No fundo no fundo quem governa é o comentarista de rede social da direita, são eles a vela que leva nau governista.

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O veto de Bolsonaro à vacina chinesa deixou sem ação também ministros próximos ao presidente. Um deles, depois de perguntado se essa é uma posição sem volta do presidente ou um arroubo, acaba de comentar: — Vamos aguardar. Ainda ontem, esse mesmo ministro comemorava: — O Doria deu de presente pra gente essa coisa da obrigatoriedade de dar a vacina. Agora, podemos oferecer a vacina e manter o discurso da liberdade.

Nada mais estúpido que isso. Se alguém deu alguma coisa de presente pra alguém foi Boslonaro presenteando o Doria.

 

 

Doria é o governador que é desaprovado na capital em que foi prefeito, claramente seus planos eleitorais não iam lá muito bem, inclusive o PSDB tem mais simpatia pelo candidatura do Edaurdo leite que a dele, sabe como é, se sendo prefito Doria já fodeu o PSDB, imagine sendo presidente…

Pazuello tá com Covid, foi diagnosticado hoje, e coube ao número 2 do ministério, aquele maldito do broche de caveira, cumprir as ordens do capitão e ler um textoo constrangedor

“Contrariando nota enviada pelo próprio Ministério da Saúde na terça-feira, o secretário-executivo da pasta, Élcio Franco, afirmou nesta quarta, 21, que “houve interpretação equivocada da fala do ministro da Saúde (Eduardo Pazuello)” sobre a compra de doses da Coronavac e ressaltou que a pasta não firmou “qualquer compromisso com o governo do Estado de São Paulo ou com o seu governador no sentido de aquisições de vacinas contra a covid”. A vacina é desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, vinculado ao governo paulista. Em rápido pronunciamento feito na TV Brasil, sem a presença de Pazuello, que está em isolamento por suspeita de covid-19, Franco destacou ainda que “não há intenção da compra de vacinas chinesas”, conforme o presidente Jair Bolsonaro já havia declarado em suas redes sociais nesta manhã. A decisão foi comunicada oficialmente por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa do órgão e publicada no site do ministério. No texto, a pasta deixou claro que a compra estava condicionada à aprovação do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mesmo assim, Franco usou o fato de a vacina ainda estar em testes para justificar o recuo da pasta na decisão de compra. “Em momento algum a vacina foi aprovada pela pasta, pois qualquer vacina depende de análise técnica e aprovação pela Anvisa, pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec)”, declarou

Apesar de ter negado acordo para compra de Coronavac, o secretário-executivo afirmou que houve, sim, a celebração de um protocolo de intenções com o Butantã, que é o maior produtor de vacinas usadas no Sistema Único de Saúde (SUS). “Tratou-se de um protocolo de intenção entre o ministério e o Instituto Butantan, sem caráter vinculante, por se tratar de um grande parceiro do ministério na produção de vacinas para o Programa Nacional de Imunizações. Mais uma iniciativa para tentar propor uma vacina segura e eficaz para a população, neste caso uma vacina brasileira caso fique disponível antes”, disse Franco. Não ficou claro, portanto, se o ministério, apesar de negar que comprará a vacina chinesa, poderá adquiri-la do Butantã quando a tecnologia da Sinovac for repassada ao instituto brasileiro e a produção for local. Segundo o secretário-executivo, “a premissa para aquisição de qualquer vacina prima pela segurança, eficácia, ambos conforme aprovação da Anvisa, produção em escala e preço justo. Qualquer vacina, quando disponível, certificada pela Anvisa e adquirida pelo ministério poderá ser oferecida aos brasileiros e, no que depender desta pasta, não será obrigatória”, completou o secretário-executivo..” [Estadão]

Ora,. toda e qualquer vacina teria que ser aprovada pela Anvisa, que espantalho escroto do caralho. Mas isso aqui talvez explique o espantalho:

“Ontem, o Senado aprovou a indicação de Bolsonaro para quatro novos diretores da Anvisa. Além de de confirmar o nome do contra-almirante Antonio Barra como presidente da agência. Portanto, Bolsonaro tem desde ontem o controle absoluto da Anvisa.” [O Globo]

Sim, anvisa é toda do Boslonaro, comandanda por um milico, claro.

E o maldito do broche da caveira leu texto adivinha de quem:

“O pronunciamento feito agora há pouco pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmando que “houve uma interpretação equivocada da fala do Ministro da Saúde”, que “em nenhum momento a vacina foi aprovada pela pasta” e “não há intenção de compra de vacinas chinesas” foi escrito pela Secom. Isso significa o seguinte: a crise, criada pelo próprio Jair Bolsonaro, está sendo pilotada pelo Palácio do Planalto. E os discursos oficiais a partir de agora sobre o assunto não exatamente serão baseados em fatos, mas tortuosas notas oficiais. Em resumo, a nota oficial tenta dizer que o ministro Eduardo Pazuello não disse o que disse.” [O Globo]

SECOM tutelando Ministério da Saúde em plena pandemia. A SECOM do Wajngarten!

E Bolsonaro voltou a falar no começo da tarde:


“”Houve uma distorção por parte do João Doria no tocante ao que ele falou. Ele tem um protocolo de intenções, já mandei cancelar se ele [Pazuello] assinou. Já mandei cancelar. O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade. Até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado por ela, a não ser nós“.” [G1]

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Troquemos vacina por droga,

Até porque estaria comprando uma droga que ninguém está interessado por ela, a não ser nós”.

Sabe qual o únicoo país a se interessar por cloroquina e autorizar seu uso de forma massiva?!

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“A Reuters despachou a inclusão da Sinovac no programa brasileiro, sublinhando que seria, a partir de janeiro, “um dos primeiros esforços de imunização no mundo”. A manchete do Caixin mostrou que o esforço chinês já está em andamento e, aliás, acaba de incluir a vacina. “Em Jiaxing, com população de quatro milhões, grupos de risco já começaram a receber doses da Sinovac.” Com vacinas como CNBG e CanSino, o programa começou “já em junho”, diz o Caixin. “Desde então, centenas de milhares tomaram, incluindo funcionários essenciais e pessoas que trabalham no exterior.” E o South China Morning Post, com relato da Reuters e a imagem acima, de unidade do laboratório em Pequim, levou à submanchete que “Testes mostram que Sinovac é segura, diz centro de pesquisa do Brasil”, o Instituto Butantã. “Foi a primeira farmacêutica a divulgar resultados dos testes em estágio final, colocando a China à frente na corrida.” A concorrente AstraZeneca, também no programa brasileiro, “se aproxima de uma análise de seu teste britânico”.” [Folha]

E Bolsonaro jura que cloroquina não precisa de comprovação científica. A vacina precisa, mas cloroquina não – e isso porque ele fez DOIS eletrocardiogramas por dia, não passava agulha no cu da equipe médica, que temia uma complicação cardíaca.

“É irônico, pois foi o próprio Bolsonaro quem defendeu publicamente o uso da hidroxicloroquina, remédio sem comprovação científica no tratamento à Covid-19. “Ainda não existe comprovação científica, mas [a droga está] sendo monitorada e usada no Brasil e no mundo. Contudo, estamos em guerra: ‘Pior do que ser derrotado é a vergonha de não ter lutado.’”, escreveu Bolsonaro no Twitter, em maio..” [Veja]

Repare o quão nervoso está Bolsonaro, a dificuldade para encontrar e pronunciar as palavras:

O Pazuello já pediu pra sair?!

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Vamos ao general sem nenhum brio:

“Eduardo Pazuello não escondeu a aliados próximos que ficou “bastante chateado” com a atitude de Jair Bolsonaro de desautorizá-lo sobre a aquisição da coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac contra Covid-19, em São Paulo. ” [O Globo]

Segundo interlocutores do ministro, ele avaliou que a reação do presidente foi exagerada e defendeu que a vacina não é chinesa, mas sim, brasileira, pois está sendo desenvolvida no Brasil pelo Instituto Butantan. Pazuello também teria dito que, em nenhum momento, foi cogitado adquirir vacinas sem certificação da Anvisa. Aqueles que atuam como “bombeiros” na cúpula do governo garantem, porém, que, apesar do mal-estar, Pazuello “segue firme” como ministro da Saúde e que já está com o discurso alinhado com o presidente.

É como se os fardados não tivessem qualquer brio.. Porra, pede pra cagar e sai, fala que vai ali comprar cigarro na esquina e nunca mais coloca os pés em Brasília, vai chorar no quartel, qualquer coisa menos fingir que nada aconteceu, caralho!

“De acordo com os bombeiros, Bolsonaro e Pazuello (que está em casa, com suspeita de Covid) alinharam um discurso sobre o tema. Em que pese a descompostura pública feita por Bolsonaro, o governo quer vender a ideia de que a vacina chinesa não está vetada para sempre. Mas que o Ministério da Saúde não dará um passo em termos de compra ou convênios enquanto ela não tiver todas as aprovações da Anvisa. Este teria sido o tom da fala de Bolsonaro. Não foi, mas este deve ser o dis discurso oficial a partir de agora. Resta saber também com que celeridade a Anvisa dará a palavra final sobre a eficácia da CoronaVac. Este é outro ponto fundamental dessa guerra em torno das vacinas.” [O Globo]

E dada a sabotagem presidencial contra as vacinas naquela cerimônia esquista do mais novo remédio milagroso caberá ao STF decidir. E aí o governo federal vai acusar o STF de interferir onde não deveria. Eles abrem a porta para o STF, convidam para entrar e depois denunciam a invasão dos togados.

“O STF (Supremo Tribunal Federal) deve decidir sobre a obrigatoriedade da vacina do novo coronavírus ainda neste ano. A questão será debatida em uma ação em que os pais de uma criança de São Paulo contestam a obrigatoriedade de regularizar a imunização de seu filho. O casal argumenta que é adepto da filosofia vegana e contrário a intervenções medicinais invasivas.” [Folha]

Beleza, mas como seu filho é uma ameaça à saúde pública é melhor ele ficar em casa, sabe como é….

“O Ministério Público de SP ajuizou ação civil pública contra os pais, que foi julgada procedente pelo Tribunal de Justiça de SP. Eles recorreram então ao STF. O ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, reconheceu a repercussão geral do tema, que deve ser julgado também pelos outros magistrados. Apesar de objetivamente tratar do calendário já regular de vacinação, o debate deve considerar os aspectos políticos da questão, tendo em conta a visibilidade do movimento antivacina no Brasil —e os debates públicos já travados entre Jair Bolsonaro, que diz que a vacina contra a Covid-19 não será obrigatória, e governadores como João Doria, de SP, que têm posição oposta à do presidente.”

Imagine o desespero dos pais ao ver que Bolsonaro tá fodendo com o processo deles…

“Ministros ouvidos pela coluna consideram líquido e certo que o STF tornará a vacinação obrigatória, já que um cidadão que não for imunizado poderá contaminar outras pessoas, que de fato não podem tomar vacinas por questões médicas —como os imunodeprimidos, por exemplo. Um dos magistrados afirma que debates sobre a vacina estão relacionados “à República Velha” e devem ser definitivamente superados. Há ministros, no entanto, que ponderam que o fato de as vacinas contra a Covid-19 serem novas levanta a questão da legitimidade de as pessoas terem receio sobre sua segurança.”

Enmtão vamos esperar os 5, 10 anos protoclartes para o desenvolvimento de uma vacina, tá tranquilo, ninguém tá com pressa não…

E como eu venho frisando Bolsonaro odeia mais o Doria que os comunistas:

“O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA) diz que o presidente Jair Bolsonaro “está possuído por uma espécie de ódio a João Doria”, o que justificaria o fato de ele se negar a comprar a vacina chinesa, produzida em parceria com o Instituto Butantan, do governo de São Paulo. Segundo Dino, o presidente está criando “uma guerra da vacina”, como ocorreu com os respiradores, em que cada estado teve que se virar sozinho, chegando a disputar com outros a aquisição dos equipamentos. “Os governadores com certeza vão ao Congresso Nacional e à justiça para garantir o acesso da população a todas as vacinas que forem eficazes e seguras”, diz Dino. Ele diz que, depois do anúncio de Pazuello, chegou a acreditar “que Bolsonaro tinha achado um rumo. Mas logo veio esse desvario”. Dino afirma que, se insistir na tática de desmerecer algumas vacinas, o presidente vai partir “para o isolamento total”.” [Folha]

Passo à maravilhosa Rosângela Bittar:

“A vacina contra o coronavírus não será obrigatória e ponto final, decretou o presidente Jair Bolsonaro. Resta-nos a esperança de que este ponto final de agora, como o foram tantos outros, seja um mero arrebatamento da ignorância. Não voltaremos à idade da pedra, mesmo que seja necessário recorrer ao papa, ao pajé ou ao Tribunal de Haia. Ponto final quer dizer fim. Não permite réplica. A não ser que se subverta o sinal gráfico convencionado. O ponto final, no discurso de Bolsonaro, pode significar vírgula; talvez, ponto e vírgula; com certeza reticências; muitas vezes exclamação ou até parênteses. Quem sabe, pausa para um gole d’água; também uma intervenção abusiva, subentendida a determinação para que se mude de assunto. Correndo o risco de glamourizar um evidente vício verbal, o histrionismo de Bolsonaro, ao banalizar a conclusão do seu pensamento com a expressão superlativa, virou marca. Todo mundo aceita, ninguém discute. Bolsonaro é espectador do seu próprio governo. Não demonstra convicção, compromisso ou segurança nas decisões. Fala uma coisa agora e seu contrário minutos depois. Subversão total do ponto final. Exemplo: não se fala em Renda Brasil até o fim do meu governo e ponto final. Foi o que disse antes de receber o relator e autorizar o prosseguimento do projeto relativo ao programa renegado. Talvez, no caso, coubesse só uma vírgula, abrindo caminho a um advérbio de tempo. Não se fala mais nisso, agora. Quando o assunto foi retomado com renovado vigor, a condenada Renda Brasil tornou-se Renda Cidadã, e todos já tinham esquecido a peremptória ordem anterior. O presidente admitiu, gerando abalos ao mercado de ações, que o governo estuda mesmo, apesar dos desmentidos, a hipótese de furar o teto de gastos e ponto final.

Esta não esperou o dia amanhecer e o próprio Bolsonaro tratou de buscar outros recursos da ortografia, detendo-se na exclamação e no travessão. O caminho está livre a qualquer estudo, quis dizer Bolsonaro, antes de exclamar: meu governo jamais transgredirá com o rigor da política fiscal! O tema do aumento da carga tributária e criação do novo imposto sumiu numa gaveta temporária de hipóteses lesa-voto, a serem examinadas depois das eleições de 2020. Não se sabe como reaparecerá no discurso de Bolsonaro que, inúmeras vezes, garantiu que no seu governo não tem volta da CPMF e ponto final. Como esta é uma obsessão do ministro da Economia, o presidente teve de mudar a pontuação ou demiti-lo. Agora, com reticências, o novo imposto transformou-se em uma condicionante para desoneração da folha, depois para financiar a renda mínima, em seguida voltou a instrumento de combate ao desemprego, até ser recolhido a um dos escaninhos que abrigam os estelionatos eleitorais premeditados. Em abril, registrou-se o que se imaginou ser o ponto final dos pontos finais. Na reunião ministerial em que reclamou da ineficiência do serviço de informação da Presidência, fez revelações bombásticas. Disse que possuía informantes particulares e se queixou da falta de ascendência sobre a Polícia Federal. Bolsonaro foi taxativo: “Vou interferir e ponto final”. Quando a interferência virou inquérito no Supremo Tribunal Federal, por denúncia do ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro, o sinal gráfico passou a ser um parênteses de negação do fato em todas as suas versões.” [Estadão]

O final é ótimo:

“O ponto final da vacina é especial, trágico. Com uma carga pesada de dramaticidade e letalidade. Assusta os escalões inferiores, insufla decisões pessoais precipitadas, causa pânico nacional e horror internacional. É grave, desafia a Ciência, que não é um partido ou paixão acidental. O governo assume riscos de crime contra a humanidade. Ponto final coisa nenhuma.”

Beijo, Rosângela!

Encerro esse tópico surreal com essa cara de cu do Lacombe – e repare no quão complexa é a vacina de Oxford e compare com os perigos que Bolsonaro vê na Chinesa, cuja técnica é muito mais simples e fartamente usada, até aqui nenhuma vacina humana usou a metodologia de RNA usad na vacina de Oxford:

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