por André de Souza
O ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava-Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), mandou arquivar uma das frentes de investigação
surgidas a partir da delação de Sérgio Machado — ex-presidente da
Transpetro, uma empresa subsidiária da Petrobras — e que envolvia o
atual presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG). O motivo: já se
passou tanto tempo desde os supostos delitos, ocorridos em 1998, que
houve prescrição. O pedido de arquivamento foi feito pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot. (Clique e receba nossas newsletters)
O depoimento de Machado foi prestado em 6 de maio de 2016. O pedido
de investigação foi protocolado pelo procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, em 4 de outubro de 2016, no Supremo Tribunal Federal
(STF). No mesmo dia foi devolvido à Procuradoria Geral da República
(PGR), que se manifestou outra vez apenas em 2 de março deste ano,
pedindo seu arquivamento. Janot disse que o crime de corrupção passiva
para fatos ocorridos entre 1998 e 2000 só poderia ser punido até 2016.
Fachin concordou.
Aécio Neves divulgou nota à imprensa na qual afirma que a decisão é “mais uma demonstração do cuidado que se deve ter ao tratar afirmações de criminosos confessos”. No texto, o senador afirma que “quem deveria estar sendo investigado é o sr. Sérgio Machado, pela irresponsabilidade das falsas afirmações feitas”.
Machado, que na época era líder do PSDB no Senado, disse que Aécio recebeu, de forma ilícita, R$ 1 milhão em dinheiro em 1998, quando era deputado. O dinheiro veio de um fundo montado por Machado, Aécio e o então senador e presidente do partido Teotônio Vilela, para financiar a bancada do PSDB na Câmara e no Senado. O dinheiro seria usado em campanhas para a reeleição. O plano era “eleger a maior bancada federal possível na Câmara para que pudessem viabilizar a candidatura de Aécio Neves à presidência da Câmara dos Deputados no ano 2000”.
O trio teria arrecadado R$ 7 milhões, sendo que R$ 4 milhões do total teriam sido obtidos da campanha nacional do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que era candidato à reeleição. O restante teria saído de empresas. Segundo o delator, parte do dinheiro teria vindo do exterior. A divisão do bolo daria “entre 100 mil e 300 mil a cada candidato”, segundo Machado. Cerca de 50 deputados receberam a ajuda de custo para as campanhas. O maior beneficiado teria sido Aécio.
“A maior parcela dos cerca de R$7 milhões de reais arrecadados à época foi destinada ao então deputado Aécio Neves, que recebeu R$ 1 milhão de reais em dinheiro”, disse Machado. O depoente também disse que Aécio “recebia esses valores através de um amigo de Brasília que o ajudava nessa logística”.
Entre as empresas que contribuíram para o fundo do PSDB está a Camargo Correa, uma das investigadas na Lava-Jato. Segundo Machado, em 1998, recebeu “um pacote de dinheiro de R$ 350 mil reais para o PSDB” das mãos do presidente da empreiteira, Luiz Nascimento. “A Camargo ajudava fortemente e sempre foi um grande doador nas campanhas tucanas”.
Na época em que a delação se tornou pública, Teotônio Vilela também negou as acusações.
Aécio Neves divulgou nota à imprensa na qual afirma que a decisão é “mais uma demonstração do cuidado que se deve ter ao tratar afirmações de criminosos confessos”. No texto, o senador afirma que “quem deveria estar sendo investigado é o sr. Sérgio Machado, pela irresponsabilidade das falsas afirmações feitas”.
Machado, que na época era líder do PSDB no Senado, disse que Aécio recebeu, de forma ilícita, R$ 1 milhão em dinheiro em 1998, quando era deputado. O dinheiro veio de um fundo montado por Machado, Aécio e o então senador e presidente do partido Teotônio Vilela, para financiar a bancada do PSDB na Câmara e no Senado. O dinheiro seria usado em campanhas para a reeleição. O plano era “eleger a maior bancada federal possível na Câmara para que pudessem viabilizar a candidatura de Aécio Neves à presidência da Câmara dos Deputados no ano 2000”.
O trio teria arrecadado R$ 7 milhões, sendo que R$ 4 milhões do total teriam sido obtidos da campanha nacional do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que era candidato à reeleição. O restante teria saído de empresas. Segundo o delator, parte do dinheiro teria vindo do exterior. A divisão do bolo daria “entre 100 mil e 300 mil a cada candidato”, segundo Machado. Cerca de 50 deputados receberam a ajuda de custo para as campanhas. O maior beneficiado teria sido Aécio.
“A maior parcela dos cerca de R$7 milhões de reais arrecadados à época foi destinada ao então deputado Aécio Neves, que recebeu R$ 1 milhão de reais em dinheiro”, disse Machado. O depoente também disse que Aécio “recebia esses valores através de um amigo de Brasília que o ajudava nessa logística”.
Entre as empresas que contribuíram para o fundo do PSDB está a Camargo Correa, uma das investigadas na Lava-Jato. Segundo Machado, em 1998, recebeu “um pacote de dinheiro de R$ 350 mil reais para o PSDB” das mãos do presidente da empreiteira, Luiz Nascimento. “A Camargo ajudava fortemente e sempre foi um grande doador nas campanhas tucanas”.
Na época em que a delação se tornou pública, Teotônio Vilela também negou as acusações.
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