MEDO & DELIRIO EM BRASILIA:O cretinismo do mercado em todo seu esplendor:
“Com a credibilidade em baixa, o ministro da Economia, Paulo Guedes, não tem a mesma força do início do governo. Isso é cada vez mais consensual entre economistas ouvidos pelo Correio. Entre operadores do mercado financeiro, o ministro deixou de ser unanimidade.” [Correio Braziliense]
“O rol de promessas não cumpridas é tão grande que Guedes já virou motivo de piadas e memes nas redes sociais, apesar de ainda ter um séquito de adoradores, como o presidente Jair Bolsonaro. O chefe da equipe econômica não conseguiu arrecadar R$ 1 trilhão com privatizações, fazer reformas estruturantes, como a administrativa e a tributária, e um novo pacto federativo, até hoje não detalhado. Tudo isso era para ser entregue no primeiro ano de governo, com a reforma da Previdência.”
Sim, o mercado achou que o vendedor de telexfree bronzeado e grisalho ia entregar um TRILHÃO, viado!
“Na avaliação de analistas, sem ter o que mostrar, ele partiu para ameaças, como a desastrosa frase de que o país voltaria para hiperinflação, que provocou uma onda de críticas. Há um problema concreto com a dívida pública bruta do país, que pode chegar, neste ano, a 100% do Produto Interno Bruto (PIB), patamar insustentável para um país emergente — e para o qual Guedes ainda não apresentou solução. Um economista próximo ao governo disse que está muito preocupado, e que não acredita nas promessas de cumprimento do teto de gastos — dispositivo constitucional que limita o aumento de despesas públicas à inflação do ano anterior —, última âncora da confiança do mercado no atual governo.”
Tem que ser muito trouxa pra acreditar que o presidente em eterna campanha de reeleição, eufórico com os números pós-auxíulio, respeitaria o teto de gastos.
“Guedes está virando piada, porque não fala nada de concreto sobre que rumo que o país vai seguir.”
Guedes SEMPRE foi uma piada. Guedes nunca deixou e nem deixará de ser uma grande piada.
“Depois
de negar a ditadura, ele veio com a ameaça de hiperinflação e a
promessa de privatizar quatro empresas no ano que vem, mas ainda não tem
modelo”, destacou Elena Landau, responsável pelo programa de
privatização do governo Fernando Henrique Cardoso. “O que foi
apresentado é o que tinha sido elaborado no governo Michel Temer”,
disse. “O ministro virou o menino que grita: é o lobo”, comparou ela,
citando a fábula do garoto desacreditado, por ser um mentiroso, na hora
em que o lobo vem de verdade. A consultora Zeina Latif, que criticou o
discurso cheio de promessas de Guedes na posse, agora constata que
estava certa. “Um ministro da Economia não pode ficar manipulando
expectativas. Ele tem que ser uma referência de credibilidade do
governo”, destacou.”
Mas ainda tem muito maluco acreditando:
“Na contramão, está o economista Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae Asset. “Guedes tem credibilidade alta junto ao mercado. Ele é um dos melhores economistas do país”, defendeu.”
Credibilidade tão alta que ontem ele tava dizendo que seu prometido trilhão pra privatizações e imóveis da União – 1 trilhão em cada, é somado não! – era um exagero cantado por dois bancos. E eu aposto que não tem banco nenhum, ele tirou o trilhão do cu mesmo.
E enquanto boa parte da Europa em lockdwon olha o papo do Guedes:
“Qual o plano para o auxílio emergencial? Remoção gradual, e nós voltamos para o Bolsa Família. Esse é o plano A. Existe possibilidade de haver a prorrogação do auxílio emergencial? Se houver uma segunda onda de pandemia, não é possibilidade, é uma certeza, vamos ter que reagir. Mas não é o plano A, não é o que estamos pensando agora” [O Globo]
Enquantro isso, no mundo real:
“Em meio a um cenário de provável subnotificação de casos da Covid-19 em São Paulo, devido a um “apagão” nos dados que durou quase uma semana, hospitais particulares vêm registrando aumento no número de internações de pacientes nos últimos dias. Além disso, uma pesquisa da Info Tracker – ferramenta desenvolvida por USP e Unesp para monitorar o avanço da pandemia – aponta que entre 1º de agosto e 5 de novembro houve um salto de casos suspeitos de coronavírus na Grande São Paulo e na capital paulista. Especialistas da área da saúde e cientistas chamam atenção para uma possível segunda onda da doença. O Hospital Sírio-Libanês informou que voltou a atingir o pico de internações do início da pandemia, o mesmo registrado em abril deste ano: 120 pacientes com Covid-19. Nos últimos dois meses, o número oscilava entre 80 e 110. Sem dar detalhes sobre o total de atendimentos, o hospital 9 de Julho confirmou que registrou “discreto aumento” da taxa de ocupação em quartos privativos por pacientes com doenças respiratórias. Já o Hospital Vila Nova Star, que atende em sua maioria o público de alta renda, afirmou em nota ao Estadão que houve um aumento do número de pacientes com suspeita de Covid no pronto-socorro, porém também não informa o total de atendimentos. O HCor internou 100 pessoas nos meses de pico da pandemia. O número caiu para 18 pacientes, e agora aumentou para 30, segundo informações publicadas pela Folha de S. Paulo. Na última semana, a ferramenta Info Tracker, do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria, desenvolvida por professores da USP e Unesp, vem chamando atenção para um salto nos casos suspeitos de Covid. Segundo especialistas queestão monitorando 92 municípios (cidades que têm uma representatividade de 90% no número de óbitos por Covid no estado de SP) desde o início da pandemia, os casos suspeitos registraram crescimento na Grande São Paulo e na capital entre agosto e novembro.
Para Wallace Casaca, cientista de dados e um dos responsáveis por desenvolver a Info Tracker, o número de infectados suspeitos oscilava muito no ápice da pandemia, o que indicava normalidade para a ocasião em uma época de muitos registros diários. Com os recentes boletins do estado de SP mostrando queda no número casos e óbitos confirmados, o mesmo cenário deveria estar sendo observado nos casos suspeitos, mas, desde agosto, o número de casos suspeitos “só aumenta”. — De agosto a novembro, em dois ou três dias esse dado chega a cair, mas, no geral, sobe de forma considerável. Olhando para os números, já é possível ter indícios de segunda onda que a Grande SP e a capital podem estar vivenciando. Temos aumento de hospitalizados na rede particular, aumento de casos suspeitos e redução de casos descartados — explica o especialista. A ferramenta mostra que a capital paulista teve um aumento de aproximadamente 50% no número de casos suspeitos entre 1º de agosto e 5 de novembro, passando de 339.934 casos para 504.949. Na Grande São Paulo Sudeste, onde há grande concentração de casos suspeitos, a alta é de 75% (passou de 43.494 para 76.188 entre agosto e novembro). As demais regiões da Grande São Paulo também registram aumento: 41% na Sudoeste, 76% na Oeste e 12% na Leste. — A pandemia começou assim em março, com hospitalizados nos particulares, e depois migrou para o sistema público de saúde. Parece que a gente começa a vivenciar a mesma fotografia do começo da pandemia na Grande São Paulo — ressalta Casaca.” [O Globo]
Mas voltemos ao lunático do Guedes:
“Duas semanas depois de dizer que o plano de criar um imposto sobre transações eletrônicas estava “morto”, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a ideia como forma de viabilizar a desoneração da folha de pagamento. — Quando nós falamos em desonerar a folha, nós precisamos encontrar uma forma de financiamento dessa desoneração. E aí falamos então no imposto, na contribuição, sobre transações, inclusive as digitais, que são as que mais crescem no país. Foi nesse sentido que consideramos essa alternativa de tributação, mas sempre com a perspectiva de que não há aumento de impostos, é uma substituição tributária — disse Guedes, durante evento com o setor de supermercados.” [O Globo]
“Como o GLOBO mostrou nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro não trabalha com a prorrogação do auxílio, que termina em dezembro. Além disso, indicou a interlocutores da ala política ter desistido de criar, neste ano, o Renda Cidadã. Segundo integrantes do alto escalão do governo, a ideia agora é manter o Bolsa Família, que atualmente beneficia 14,2 milhões de famílias, e incluir mais pessoas nas regras. — A ideia é que o auxílio emergencial foi criado para enfrentar uma calamidade. A pandemia está descendo, e o auxílio emergencial está descendo junto. Essa é a nossa realidade, esse é o nosso plano A — disse o ministro. No evento, Guedes reforçou que, se houver uma segunda onda da pandemia no Brasil — como está ocorrendo na Europa e começa chegar aos Estados Unidos —, o governo agirá da mesma forma que na primeira onda. Ele ressaltou, porém, que pretende gastar menos. Até agora, o governo já liberou R$ 580 bilhões em medidas para combater a pandemia. — Se houver uma segunda onda, atingir os brasileiros de novo, nós vamos reagir da mesma forma que reagimos na primeira onda. Vamos ter criar o estado de calamidade pública. (Mas) neste ano nós gastamos 10% do PIB, talvez a gente gaste 4% (no próximo ano) — disse, acrescentado: — A probabilidade hoje é baixa, não é tão alta, mas nós temos que estar preparados.”
“O ministro também disse que não é possível gastar muito por conta da disparada da dívida pública, que já se aproxima de 100% do PIB. — É muito fácil agradar a todo mundo, dar um dinheiro para todo mundo, e hipotecar o futuro de nossos filhos e netos, que é o que tem sido feito há muitos governos. O auxílio emergencial começou a ser pago com o valor de R$ 600, durante cinco meses. Depois, esse valor foi reduzido para R$ 300, até dezembro. A proposta inicial do governo, por outro lado, era de uma mensalidade de R$ 200. O valor subiu com as discussões no Congresso Nacional, número maior que o esperado por Guedes. — O primeiro movimento do governo foi de criar um auxílio de R$ 200, para durar mais tempo. A base de atendimento foi muito grande e o valor começou a subir. No fundo, o número saiu um pouco maior do que nós esperávamos. Eu esperava que fosse de R$ 200 para R$ 400, já era o dobro do que estava lá. Mas a decisão política foi de empurrar para cima. Pode ter sido um exagero naquele momento, mas eu não me arrependo — afirmou.”
Decisão política do presidente da república, seu chefe, pra sair bem na foto decidiu por R$ 600 só pra ofuscar os R5 500 estabelecidos do Congresso.
“No fim de outubro, em audiência pública no Congresso, o ministro havia dito que a ideia estava descartada e vinha sendo criticada pelo presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, Guedes disse que estava considerando que precisava parar de falar no tributo, defendido por ele e sua equipe desde a campanha eleitoral, mas enfrenta dificuldades por ser comparada à antiga CPMF, que vigorou entre 1998 e 2007 no país e se tornou extremamente impopular. A nova declaração sobre o plano ocorreu após o ministro ser questionado se a reforma tributária traria aumento de impostos. Além de defender a substituição do tributo sobre salários pela taxação sobre transações, Guedes voltou a afirmar que, na proposta do governo, dividendos — hoje isentos — passarão a ser tributados, como compensação a uma redução da tributação sobre o lucro das empresas. — Não haverá aumento de imposto para quem paga imposto. Agora, quem nunca pagou, vai pagar. Então você fala: “Vai haver aumento de imposto sobre dividendos?”. Vai, os impostos sobre dividendos subirão, sim. “Vai aumentar imposto sobre quem estava isento antes e nunca pagava?”. Vai, se nós tributarmos as transações, quem não pagava, vai começar a pagar — acrescentou o ministro. Ele afirmou, no entanto, que a decisão sobre as medidas depende de articulação política, como costuma dizer ao se referir aos planos da equipe econômica: — É a política que dá o timing das reformas. Foi a política que permitiu a remoção dos privilégios na Previdência, a retomada dos leilões de petróleo, o envio da reforma administrativa.”
E essa aqui é hilária:
“De acordo com o que foi revelado por “O Estado de S. Paulo” de hoje, o governo quer criar um programa de microcrédito de R$ 25 bilhões para diminuir o impacto do fim do auxílio emergencial. Como conseguir essa grana toda? Aumentando o depósito compusório dos bancos. Entre os grandes bancos, a ideia causou horror. Diz um executivo de um bancão: — O governo inaugurou a fase da linha liberal-heterodoxa com essa ideia maluca.” [O Globo]
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