Com declarações e ações policiais truculentas, o governador do Rio acha que pode conter a violência e sonha em se cacifar para a disputa presidencial
O flagrante do sobrevoo de dois helicópteros na última terça-feira é simbólico do Rio de Janeiro de 2019. O primeiro transportava o governador Wilson Witzel (PSC) depois de um atirador de elite matar o sequestrador que mantivera 39 reféns — com arma de brinquedo — por três horas e meia em um ônibus na ponte Rio-Niterói. Eufórico com a ação da polícia (a ponto de mandar um secretário filmar seus movimentos com um celular), Witzel desembarcou no meio da via e saiu vibrando para as câmeras que ali estavam como se comemorasse um gol. “Projeção mundial”, celebrou naquela noite com ÉPOCA, satisfeito com seu desempenho diante da imprensa: “Minha entrevista hoje certamente foi a melhor de todas”, empavonou-se.
Naquela mesma manhã, a 40 quilômetros dali, outra aeronave do governo do estado sobrevoava a Cidade de Deus, um dos principais entrepostos da maior facção criminosa do Rio, mas também uma favela na Zona Oeste onde moram cerca de 100 mil cariocas. Sob a justificativa de uma operação policial para prender criminosos, um explosivo foi arremessado aleatoriamente numa rua residencial. Não há notícia de benefício causado pelo ataque aéreo além de um estrondo assustador para os moradores da região. “O helicóptero é o terror dos narcoterroristas”, engalanou-se o governador, sem mostrar maiores preocupações com os efeitos colaterais desse tipo de ação.
“‘Não há como combater crime com livros e com flores. A polícia tem de chegar para prender. Se não houver rendição, tem de eliminar, tem de matar’”Aos 51 anos, o ex-fuzileiro naval e ex-juiz trabalha como garoto-propaganda sem pudores da política de segurança em vigor desde janeiro. Em quase oito meses, abusa das frases truculentas tanto quanto a polícia que comanda abusa da força. O número de civis mortos em operações policiais aumentou em todo o estado 15% em relação ao ano passado. De janeiro a julho, 1.075 pessoas foram mortas pela polícia, recorde na série histórica, sendo 194 apenas no mês passado, o maior número em 21 anos.
Witzel inaugurou o governo com a pregação de que a polícia deveria mirar na “cabecinha de criminosos”. Chegou ao limite do delírio ao flertar com a possibilidade de jogar mísseis em favelas. O governador falastrão e truculento tem se sentido cada vez mais à vontade no papel. Cita que, no geral, a taxa de homicídios caiu 23% nos sete primeiros meses de 2019 (2.392 mortos) na comparação com o mesmo período do ano passado. Ressalvando-se áreas específicas do Norte-Nordeste, a redução da letalidade é um fenômeno nacional desde 2017. Witzel, entretanto, alardeia que sua opção pelo confronto tem apresentado resultados claros. Recebeu críticas pela brutalidade da polícia até na reunião de pais do colégio do filho. Chegou a ser chamado de “fascista e assassino” quando passeava no centro do Rio. “Assassino de quê? De traficante?”, respondeu à senhora que o questionou.
Também não incomodam o governador as mais recentes vítimas de balas perdidas no Rio. O caso da jovem Margareth Teixeira, de 17 anos, morta durante uma operação da Polícia Militar em Bangu, no último dia 14, com cerca de dez perfurações causadas por arma de fogo, é um exemplo trágico. “A sociedade ainda não entendeu que estamos numa guerra contra o terrorismo. Sempre escondemos, de certa forma, da população que o terrorismo está no Brasil. A sociedade quando vê as mortes só vê as consequências, não vê a causa. Não há como combater crime com livros e com flores. As pessoas que estão no crime não querem saber de escolas nem de livros. A polícia tem de chegar para prender, se não houver rendição, tem de eliminar, tem de matar”, disse, para duvidar logo em seguida de sua responsabilidade nas mortes de inocentes. “Não sei se as balas perdidas são um efeito colateral da minha política, não. O que imagino é que os traficantes causam essas mortes para impedir o trabalho da polícia”, especula num grau elevado até para quem vive a escala Bolsonaro de deslocamento da realidade.
A mesa de trabalho no Palácio Guanabara é decorada com helicópteros e carros de polícia em miniatura — um deles com seu nome gravado. Witzel se empolga e desloca do nada o eixo da conversa para a ofensiva europeia contra a Alemanha de Adolf Hitler. É a forma que encontra para justificar suas frases sobre mísseis e afins: “Se não tivéssemos combatido o nazismo, como estaríamos hoje? Ninguém questiona hoje em dia a ação dos países aliados de jogar mísseis contra os países do Eixo. Quando falei certa vez sobre usar essa estratégia na favela, falei em sentido figurativo. É fato, contudo, que numa situação de combate teríamos eliminado os problemas de imediato”, disse. O governador é lembrado de que, ainda que as principais facções criminosas se encastelem em favelas, há milhões de moradores que ali habitam por falta de opção melhor. “Sim, sei que as polícias não têm autorização para usar esse tipo de armamento”, recua, quase em tom de lamentação.
“Witzel anuncia seus planos sem acanhamento. Fala abertamente em ser candidato a presidente da República e, sem ironia, já disse que almeja encerrar a carreira pública como secretário-geral da ONU”Diante de uma das mais belas vistas do Palácio Guanabara, um jardim que lembra os tempos imperiais, Wiltzel cultiva, todas as quintas-feiras, às 18h30, o hábito de receber visitas — amigos do Judiciário e do Ministério Público em especial. Em quatro sofás em modelo Luiz XV, os convidados debatem com o anfitrião os assuntos mais polêmicos do dia. As conversas, que duram cerca de quatro horas, são estimuladas pelo consumo livre de vinho, charuto e cachimbo. Em um desses encontros recentes, Witzel exibiu o repertório de figurinhas em seu WhatsApp (conhecidas como stickers). Entre as favoritas uma imagem dele próprio com uma faixa presidencial e outra do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seu desafeto público, com um nariz de pinóquio.
Nos últimos meses, Doria, também em campanha presidencial antecipada, fez troça de Witzel ao batizá-lo de Rambo. “Ele estava tentando me ridicularizar. Achei absolutamente desrespeitoso. O Doria já demonstrou que não é pessoa confiável. Disse que ia cumprir o mandato e na primeira oportunidade disputou a eleição”, afirma, para em seguida emendar com um clássico witzeliano (ser otimista ao extremo como fez na campanha de 2018, quando jurava que ganharia a disputa mesmo tendo 1% nas pesquisas). “O Doria de amanhã é o Eduardo Paes de ontem. Será derrotado com larga margem. O povo não perdoa. Fui eleito com um discurso duro pela segurança. E o Doria já está mudando. Na cabeça dele, quer ir para o centro. Ele está querendo ser mais moderado. Eu não!”, rivaliza.
Desde que tomou posse, em janeiro, Witzel começou a falar abertamente sobre sua vontade de ser candidato a presidente da República em um futuro próximo. Numa conversa sem nenhum sinal de ironia, chegou a afirmar que almeja encerrar a carreira pública como secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Tamanha confiança faz Witzel assaz na crítica ao presidente Jair Bolsonaro, a quem colou sua imagem em 2018 para decolar na reta final da campanha. “O que o Bolsonaro fala, eu não falaria. Sou um pouco mais preocupado com aquilo que tenho de expressar. Meio ambiente, por exemplo. Eu não falaria em fazer cocô dia sim, dia não, como o presidente fez. Até porque isso é simplesmente inexequível. É como editar uma medida provisória sobre o uso diário de banheiro. Bolsonaro anima as redes, e o Brasil não sai do lugar.”
O governador também reclama do foco excessivo do governo federal na reforma da Previdência e da pouca importância dada à retomada do crescimento econômico. “Estou de mãos amarradas. Aqui no estado do Rio, nada aconteceu. E agora o ministro Guedes disse que os resultados não vão aparecer tão rápido. Nada foi apresentado para aquecer a economia, e essa lentidão deveria ser corrigida”, reclama.
Imagem de Witzel é o que não falta no Palácio Guanabara. Sua foto oficial com a faixa — replicando as cores azul e branca da bandeira do Rio de Janeiro — está espalhada pelos corredores e decora as paredes dos gabinetes dos secretários. A criação do símbolo foi pedida por ele, antes da posse, ao então governador em exercício, Francisco Dornelles. Sua adoração pelo adorno chega a ponto de ter feito minirréplicas das faixas para os filhos usarem no Carnaval.
A história recente prova que, no estado do Rio, as liturgias por vezes se tornam irônicas. Desde 1992 foi adicionado à bandeira do estado, abaixo da estrela Delta cor prata que representa o Rio no pavilhão nacional, o lema escrito em latim: Recte Rempublicam Gerere (gerir a coisa pública com retidão). Dos nove governadores que juraram servir a essa bandeira de lá para cá, quatro foram presos.
Na entrada do Palácio Guanabara, visitantes e funcionários são recebidos por um vídeo do governador, espécie de tutorial sobre como usar o crachá. “Não sou vaidoso. Mas gosto de ter uma boa imagem. Fui militar, fui juiz. Não sei despachar de qualquer jeito”, justifica.
“Witzel gosta de se exibir paramentado — a faixa oficial foi criada a seu pedido. ‘Não sou vaidoso. Mas gosto de ter uma boa imagem. Fui militar, fui juiz. Não sei despachar de qualquer jeito’”O governador optou por morar com a família no Palácio Laranjeiras — residência oficial do Estado — por questão de segurança. Todos os dias, por volta de 5h30, toma café da manhã com a primeira-dama, Helena Witzel, e três de seus quatro filhos. A marca de Helena, aliás, está por todos os lados. Conversam sobre política. Ela tem ingerência sobre a comunicação e as redes sociais e atua, acima de tudo, nos bastidores do governo. Trata de cada detalhe da aparência do marido. Até o brilho de suor na testa de Witzel a preocupa. Em uma das mesas do gabinete do governador, a inclusão de 40 imagens de Nossa Senhora Aparecida foi obra da primeira-dama.
Helena Witzel cuida da imagem do marido, mas também é preocupada com a própria. Desde o início do governo, já clareou o cabelo, colocou silicone e fez outras cirurgias para retocar o rosto, como uma no nariz. Ciumenta, ela comanda com mão firme quem acessa os camarotes do governo no Sambódromo e no Maracanã. Quanto menos mulheres perto do marido, melhor. É atribuída a ela uma ordem extraoficial para que as funcionárias não usem decotes nem blusas de alcinha. A advogada de 37 anos foi aluna de Witzel em Vila Velha.
Na quarta-feira, a primeira-dama reclamou ao perceber que um fotógrafo de ÉPOCA estava registrando o governador tocando trompete de manhã cedo no Palácio Laranjeiras. Quis saber a razão da presença do profissional e disse que não havia necessidade da foto. Witzel gracejou: “Não tem problema. Tá vendo? Quem manda aqui sou eu!”. No último dia 23, Witzel tocara trompete para alunos de uma escola na Zona Oeste. No palácio, esmerou-se em interpretar a chorosa “My way”, clássico eternizado por Frank Sinatra.
As decisões e falas do governador por vezes refletem em sua vida de pai. O filho Vicenzo, de 13 anos, conta que em alguns momentos é pressionado por opiniões controvertidas do pai, como a relação conflituosa com as universidades estaduais. Witzel chegou a propor uma lista tríplice para a reitoria das instituições, mas o debate foi adiado na Assembleia Legislativa. O filho disse ter ouvido no Colégio São José — escola particular da Tijuca: “Seu pai vai acabar com a Uerj”.
O outro filho do governador, Erick, de 24 anos, tornou-se notícia ao ser nomeado para um cargo na gestão de Marcelo Crivella na prefeitura do Rio. Interpretou-se tal medida como uma dupla reaproximação — entre pai e filho e entre governador e prefeito. Transexual, Erick reclamara no passado de que o pai não o aceitara. Já Crivella trocara críticas públicas com Witzel e agora discutem até alianças para 2020.
Depois do encontro matinal com a família, Witzel define quem quer receber, diz. Marca diretamente cafés e almoços, este com um cardápio pesado — arroz, feijão e costela estão na base da alimentação, que o governador garante adorar. Na tarde da entrevista, o escolhido tinha sido um procurador do estado.
Depois de 20 anos de poder no Rio de Janeiro, o PMDB esfacelou-se. Os ex-governadores Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão e o ex-deputados Eduardo Cunha e Jorge Picciani, que comandaram a máquina do partido, estão presos. O grande grupo de deputados estaduais que frequentaram os gabinetes de Cabral, Pezão, Cunha e Picciani foi publicamente rejeitado na campanha eleitoral de Witzel. Após um início de relacionamento atribulado com a base parlamentar, já compartilha os tais charutos, vinhos e jantares com deputados estaduais mais graduados no Palácio Laranjeiras.
Em 27 de junho passado, uma cena emblemática marcou o início de uma acomodação entre os Poderes. De um jeito um tanto inusitado. Acontecia na Assembleia a votação de um projeto de lei do deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) que exigia metas de desempenho às empresas que recebem concessão do estado. O governo havia vetado. Mas havia chance de derrubada da decisão, porque a maioria de Witzel na Assembleia é eventual. Numa solenidade no plenário em homenagem à maçonaria, Witzel pegou duas espadas decorativas e brincou com o presidente da Casa: “Um petista de carteirinha! Vamos então ao duelo!”.
André Ceciliano, do PT, é hoje o presidente da Assembleia Legislativa do “racional” Witzel. É assim que o governador se define: “Não sou direita nem esquerda, sou racional”. Uma intensa engenharia se formou para que o experiente petista e o governador se afinassem. Atualmente, os encontros entre os dois acontecem também regados a vinho em jantares no Laranjeiras. A repulsa às antigas formas de governabilidade sumiu do discurso do governador e a distribuição de cargos a apaniguados segue a cartilha de sempre.
Witzel se elegeu como o novo na política, mas vem se aproximando da velha política para conseguir tocar o estado. Colocou como seu secretário de Governo Cleiton Rodrigues, ex-homem forte de campanhas de Cesar Maia e Anthony Garotinho.
O Pastor Everaldo, presidente nacional do PSC do governador e personagem conhecido da política do Rio por integrar gestões como a de Anthony Garotinho, conseguiu indicações na empresa de águas e esgotos, na companhia de habitação, no Departamento Estadual de Trânsito e na Secretaria de Estado das Cidades. Está mais do que satisfeito. “Tenho espaço total. Tenho o governador. Meu filho é assessor especial do governo”, disse Everaldo, sem ruborizar-se, em referência a Filipe Pereira. Seu aliado, o ex-deputado federal André Moura, também unha e carne com Eduardo Cunha, ganhou uma representação do governo em Brasília. “Se analisar bem, a política de segurança está agradando a população do Rio. A questão de ser evangélico é se pautar pela ética, é pagar imposto. A política é acertada, porque não adianta ir com florzinha na mão. Tá todo mundo cansado de enxugar gelo. Esse negócio de direitos humanos não dá mais. Quando um bandido morre, todo mundo se comove. Quando é um policial, ninguém liga”, defende Everaldo, como se nunca tivesse lido a Bíblia.
A política e a aliança com Everaldo forraram os bolsos de Witzel. Durante o ano passado, um salário de R$ 21.500 mensais foi pago para o então candidato a governador para ser advogado do PSC — ao todo foram desembolsados R$ 216 mil do Fundo Partidário para Witzel. Pouco mais de 15 dias após a rescisão do contrato do governador, quem assumiu como advogada do partido foi a primeira-dama, Helena Witzel.
Com Everaldo, Witzel irá no próximo dia 30 ao Maranhão participar da filiação de 15 deputados federais ao PSC. Indícios do olhar já declarado para a sucessão de Bolsonaro, em 2022. Witzel não diz que quer ser presidente. Afirma que será presidente, com a mesma certeza com que falava que seria governador quando ainda era traço nas pesquisas, relatam ao menos seis pessoas próximas ouvidas por ÉPOCA, entre políticos e colegas do meio jurídico. Esse sonho de voo de Witzel pode ser tão blefe quanto o curso em Harvard que contrabandeou no currículo sem nunca ter sido aluno da universidade americana.
Em resposta, o núcleo de imprensa do governo do estado do Rio de Janeiro elaborou uma nota de posicionamento sobre a matéria, que é reproduzida na íntegra abaixo:
1 – No intuito de sustentar uma versão sobre a política de segurança do governo, que priorizaria o confronto e seria ineficiente, a reportagem divulgou timidamente os índices de homicídio doloso no estado. Os dados do ISP são inequívocos e comprovam que os índices vêm caindo mês a mês e são os menores do período de janeiro a julho desde 1991, quando começou a série histórica. No acumulado deste ano, foram registrados 2.392 casos. Na comparação com o mesmo período do ano passado, foram 709 vidas preservadas no estado. Além disso, o mês de julho deste ano foi o que registrou menos vítimas desde agosto de 2015. Foram 309, uma redução de 25% em relação ao mesmo período do ano passado.
2 - Essa expressiva redução no número de mortes demonstra o acerto da política de segurança do Governo do Estado do Rio de Janeiro, que tem o objetivo de preservar vidas e é baseada em inteligência, investigação e aparelhamento das polícias Civil e Militar. Para isso, o governo vem investindo esforços e recursos. E os resultados já aparecem de forma objetiva:
- O Departamento de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro foi ampliado, aumentando o número de investigações em mais de 700% neste ano, se comparado ao mesmo período do ano passado. Mais de R$ 50 milhões em bens de investigados já foram sequestrados.
- A Secretaria de Polícia Civil vem intensificando as investigações que apuram a atuação das milícias. Só em julho, mais de 60 milicianos foram presos em ações da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (DRACO) e de outras unidades.
- As polícias apreenderam 5.077 armas, sendo 349 fuzis. O número já é maior do que o total apreendido em 2018, que foi de 330.
3 – Época também foi incorreta ao destacar que o número de homicídios vem caindo nos últimos anos. Dados apontam que, em plena intervenção federal, em 2018, foi verificada uma queda de 7%, em relação ao ano passado, num total de 4.950 homicídios. Foi a partir de 2019, que aconteceu uma redução significativa no número de assassinatos (23%). Vale destacar que antes disso, em 2016, foram registrados 5.042 casos, um aumento de 20% em relação a 2015. Em 2017, houve 5.346 mortes, um crescimento de 6% em comparação com 2016.
4 - Ao contrário do que Época erroneamente salientou em sua reportagem, o número de mortos por intervenção do estado registrado em julho não é o maior da história do Rio de Janeiro, e sim desde 1998.
5 - É totalmente inverídico afirmar que o governador "não se importa" com as mortes. Foi por determinação de Witzel que a Secretaria de Vitimização e Amparo à Pessoa com Deficiência, a única do tipo no país, fez contato com todas as famílias de vítimas da guerra do narcoterrorismo, assim como a do jovem que sequestrou o ônibus na Ponte Rio-Niterói. A secretaria, inclusive, recebeu e está prestando toda a assistência aos familiares da jovem Margareth Teixeira, citada na reportagem. Se houvesse apuração, não haveria mais este erro por parte da revista.
6 – No afã de construir uma imagem estereotipada, Época faltou com a verdade ao dizer que o governador encomendou faixas para seus filhos. Na verdade, as faixas foram dadas por um amigo à família, para serem usadas dentro do espírito de brincadeira do Carnaval, tradicional nos festejos do Rio de Janeiro. A Época também faltou com a verdade ao publicar que um dos filhos do governador reclamou do pai o ter rejeitado. Em recente carta à Revista Veja, Erick Witzel disse exatamente o contrário.
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