local onde publico os textos & artigos maiores citados no BLOG0NEWS
de modo que os posts de lá não fiquem enormes.
October 13, 2019
Como manter a sanidade apesar da política
A paciente chegou ao consultório da terapeuta aflita.
Dizia ter perdido a fé na humanidade, no país, na própria psicanalista.
Então levantou a questão essencial: “Isso é depressão ou é o clima
político?”.
Especialistas admitem que a psicologia individual é
altamente influenciada pela realidade política. Muitos se sentem insanos
neste momento porque o Brasil e o mundo estão longe do que se
convencionou chamar de são. As crises — política, econômica, ambiental,
cultural — abalam o otimismo natural dos homens e a crença na bondade
humana e no progresso.
O Brasil e o mundo estão inseridos numa bolha na qual
corrupção, ódio, exclusão e paranoia se alimentam. Muitos sentem
desespero e ansiedade como nunca sentiram antes, a julgar pelo aumento
na procura de consultas a terapeutas, nas ligações para centros de
prevenção de suicídio e até no número de anedotas em circulação sobre
psicanalistas em geral. No mundo todo, a taxa de suicídios recua. No
Brasil, no entanto, esse número cresce. Seis brasileiros em cada grupo
de 100 mil habitantes são atingidos, segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS).
O contexto de polarização e violência política — com
as eleições passadas marcadas pelo atentado ao então candidato Jair
Bolsonaro (PSL), a proliferação de notícias falsas pelo WhatsApp,
rompimentos familiares e casos de agressões e assassinatos de oponentes
políticos — levou à criação de um grupo chamado Escuta Sedes, voltado à
população afetada pela crise política, atendida em rodas de conversa
gratuitas e comandadas por psicanalistas. “O grupo foi criado em função
de a gente perceber que havia, ali na altura do segundo semestre, do
evento das eleições, o incremento da violência nas relações entre as
pessoas”, disse Silvia Nogueira de Carvalho, membro do Departamento de
Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, referência na área de saúde
mental.
O medo e o isolamento mostram-se como dois sentimentos
preponderantes, afirmou. É preciso, então, investir na “possibilidade
de estar junto, de não se isolar, de pensar, de investir na criação de
espaços de acolhimento e aconchego” e “recriar laços sociais”. “Em
tempos de guerra, há uma violência que transborda. Esse fato requer
muito trabalho para conservar a vida. O que se manifesta, mais que o
desamparo, é o desalento, um excesso de desamparo ante os excessos do
outro. O discurso que passou a ser corriqueiro no país ( é ) um discurso que estranha o diferente, ( que incentiva
) a intolerância na discussão, o aumento da violência física contra
minorias, uma violência que foi atingindo o espaço público e também os
grupos familiares, de amigos e de trabalho. Esses tempos requerem muito
trabalho. O trabalho de tomar parte na possibilidade de proteger a
cultura contra a barbárie.”
Foto: Montagem com reproduções
Christian Dunker, psicanalista e
professor da Universidade de São Paulo (USP), disse não se lembrar de
tempos como os atuais. “Atendo há 30 anos, já assisti a outros momentos
tensos. Mas nunca a política ocupou tanto espaço na vida das pessoas.”
Ele contou que, entre o primeiro e o segundo turno das
eleições de 2018, viu “namoros serem rompidos, violências serem
praticadas”. A pauta política voltou com força no mês de agosto de 2019,
com a crise em torno do desmatamento da Amazônia. “Foi uma espécie de
materialização de algo errado acontecendo”, afirmou. “A formação de um
dia que mudou sua atmosfera em função de queimadas produziu 1 grama a
mais de realidade para nossos pesadelos, dando concretude aos pesadelos e
inseguranças das pessoas. Está havendo uma percepção gradual de que
aquelas ameaças ( do presidente ) têm um impacto real.”
Para Dunker, o presidente Bolsonaro é um agente de
ativação “das modalidades de sofrimento e de sintoma que já estão
presentes” nas pessoas. “Ele torna mais agudo os conflitos familiares,
de raça, de gênero, de classe. Faz isso ao se instituir como referência
simbólica para a prática da autoridade pública, o registro opressivo.
Isso tem poder de incrementar a angústia que já estava lá.”
O psiquiatra e psicanalista Rodrigo Lage, da Sociedade
Brasileira de Psicanálise de São Paulo, tem observado “a exacerbação de
ansiedade e de angústias, muitas vezes ante manifestações públicas de
governantes que geram medo e insegurança”. Ele citou uma entrevista
recente de Bolsonaro ao programa Na lata ,
apresentado por Antonia Fontenelle, ex-mulher do diretor de telenovelas
Marcos Paulo, que se notabilizou na briga pública por seu espólio e, ao
declarar apoio a Bolsonaro em 2018, disse que feminismo era “mimimi”. Na
ocasião, o presidente afirmou que qualquer arranjo familiar que saísse
da estrutura tradicional homem e mulher era “lixo”. “Esse tipo de fala
desmonta, agride, ataca essas pessoas. Tem o efeito de refazer traumas
antigos, de reabrir feridas profundas”, afirmou Lage. “Nas democracias,
os governantes em altos cargos têm, para além do lugar objetivo, de
administrador, um lugar simbólico, que funciona como mediador, como
guardião desse pacto civilizatório. Se vejo alguém que ocupa tal lugar
falar que minha forma de amar, de me organizar em família é um lixo,
isso gera medo. Se vejo um governador relativizar a tortura, isso gera
muito desamparo — e medo.”
Pouco antes de
conceder entrevista a ÉPOCA, o artista visual e historiador Lucas
Fonseca de Sá Cavalcanti de Albuquerque, de 28 anos, deixou um café em
que estava ao ouvir duas senhoras dizerem coisas “reacionárias”. O
pernambucano, que se mudou recentemente para o Rio de Janeiro,
afastara-se, no ano passado, de amigos da família e dos pais. O motivo: o
apoio a Bolsonaro — e a sua agenda homofóbica. “Foi bem difícil para
mim como filho, gay, nordestino, negro” ver que os pais mantinham
relações com pessoas homofóbicas. Para os pais de Albuquerque, era algo
muito absurdo se afastar de pessoas por causa do voto. “A vida do filho
deles estava correndo risco por isso, e eles não tinha essa
consciência”, disse. “A sensação que eu tenho é que tudo pelo que lutei
foi por água abaixo. É algo desesperador.”
Para ele, os piores momentos são aqueles em que não
consegue se aproximar das pessoas — ou vê-se obrigado a afastar-se delas
— por sua visão de mundo. “Acabo descontando em bebida, em droga, você
fica tentando ter momentos efêmeros de felicidade”, disse o artista,
que, antes, só bebia nos finais de semana e agora bebe até quatro vezes
por semana. “É uma fase. Acho que não vou passar muito tempo bebendo
mais.” Com o sono instável, sente-se também menos livre. “Comecei a me
vestir de uma forma mais ‘masculina’. Camisa polo é uma coisa que eu não
usava havia muito tempo. ( Antes ) eu me sentia um pouco mais livre.”
Uma das principais preocupações de Claudio Vinicius
Santana, de 48 anos, conhecido na noite paulistana como Claudio Medusa,
dono de baladas e bares que marcaram a vida noturna de São Paulo, como o
Alberta#3, na atual conjuntura política do país é seu filho de 10 anos.
“Como pai, faço de tudo para dar educação, cultura, criar uma pessoa
com muito menos preconceito do que minha geração teve. E de repente vem
essa onda de atraso”, contou.
A reuniões familiares, pensa duas vezes antes de
levar o garoto: “Será que eu levo meu filho para interagir com essa
gente?”, pergunta-se. “Nessas reuniões de família, as pessoas costumam
soltar os comentários mais racistas, preconceituosos. A gente imaginava
que isso nunca fosse acontecer em 2019.” Acaba levando o filho, mas
confessou: “Fico um pouco agoniado”. Para ele, seus familiares são
pessoas que, nos anos da ditadura civil-militar, o dedurariam “para o
Dops ( Departamento de Ordem Política e Social
)”. No entanto, Santana busca, com a mãe do menino, fazê-lo entender a
realidade. “Converso muito sobre a situação. A gente acha melhor dar
ferramentas para ele lidar com a situação do que criar mais um
alienado”, disse.
“Eu ainda sou um cara que trabalha com noite, com
pessoas que são liberais, progressistas”, contou. “Esse discurso de
ódio, essa perseguição contra a cultura, a gente fica afetado, sente-se
perseguido”, disse. A Lei Rouanet, de incentivo à cultura, foi um dos
principais alvos do presidente e seus apoiadores ao longo da campanha e
no início do governo. Em abril, 13 projetos culturais perderam
patrocínio da Petrobras, entre eles a Mostra Internacional de Cinema de
São Paulo. O setor audiovisual vive um momento de crise e impasse diante
das indefinições em torno da Ancine — agência de fomento e regulação do
setor audiovisual. Recentemente, o presidente vetou um edital de séries
de conteúdo LGBT.
A atual conjuntura, afirmou Santana, tem feito com
que ele beba mais. “A gente senta, começa a conversar, beber, e uma
cerveja viram dez. Bebe mais e discute e fala sobre isso. É angustiante.
É uma maneira que você tem de aliviar.” Outro efeito é a insônia. No
dia da entrevista a ÉPOCA, na terça-feira 10 de setembro, ele havia
dormido das 5 horas às 9 horas da manhã. Talvez pelo fato de que estar
dormindo ou acordado não faz mais tanta diferença. “Dá uma sensação de
você estar vivendo dentro de um pesadelo, você não sabe quando esse
pesadelo vai acabar.”
Foto: Montagem com reproduções
Ayssa Yamaguti Nore, de 24 anos,
formada em história e ciências sociais, carioca, convive com histórias
de mulheres que sofreram com a repressão, prisão e tortura durante a
ditadura civil-militar (1964-1985), período elogiado pelo atual
presidente, Jair Bolsonaro, que, em mais de uma ocasião, celebrou a
memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, único torturador
reconhecido pela Justiça brasileira. “As pessoas que eu estudo são
diretamente afetadas pela fala dele”, disse Nore. E ela própria tem sido
afetada pela conjuntura política. Bolsista, recebe R$ 1.500 pelo CNPq
para fazer sua pesquisa de mestrado. Com a perspectiva de cortes nas
bolsas, Nore não sabe se continuará a receber a dela no mês que vem.
A insegurança financeira tem sido um fator a mais de
ansiedade para a mestranda, que sofre também com o clima dentro da
universidade — em razão da insegurança financeira e do confronto aberto
do governo com a ciência e o mundo acadêmico, além das declarações de
cunho sexista proferidas por Bolsonaro ao longo de sua trajetória
política e de sua Presidência. Há poucos dias, o presidente escarneceu
da aparência da primeira-dama da França, Brigitte Macron, 24 anos mais
velha que o presidente Emmanuel Macron, em contraponto à aparência da
primeira-dama Michelle Bolsonaro — 27 anos mais nova que o presidente
brasileiro.
“Eu me sinto desrespeitada pelo presidente
constantemente. Todos os discursos de ódio, não só sobre as mulheres,
levam a ações muito mais duras no dia a dia”, disse. “Eu sempre senti
medo, mas principalmente na época das eleições e de discursos mais
incisivos do Bolsonaro.” Os dados corroboram seu sentimento. No primeiro
semestre de 2019, o Ligue 180, canal criado em 2017 para receber
denúncias de violações às mulheres, registrou 46.510 denúncias, um
aumento de 10,93% em relação ao mesmo período de 2018 — segundo dados do
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
A soma de fatores de estresse e ansiedade deixou sua
vida “toda desregulada”. “Tenho dificuldade de acordar de manhã, tenho
dificuldade de trabalhar porque estou constantemente cansada. Tem
afetado minha concentração. É difícil me sentar e escrever a
dissertação.” A ansiedade lhe causa crises de choro, tremedeira e
apatia.
O economista Daniel Pecorelli, de 33 anos,
repreendeu um homem que jogou uma fita adesiva no chão, na Zona Sul do
Rio. “Essa discussão descambou para a homofobia e terminou com ele me
atingindo no rosto
Em setembro, na reta final do
primeiro turno das eleições presidenciais, o economista Daniel
Pecorelli, de 33 anos, repreendeu um homem que jogou uma fita adesiva no
chão, em pleno Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. “Essa
discussão descambou para a homofobia e terminou com ele me atingindo no
rosto ( com um remo de madeira )”, contou. Na
sequência, um carro com cinco homens parou no trânsito. Os homens, ao
ouvirem sua conversa com o amigo que o acompanhava, gritaram: “Ah,
veado, Bolsonaro vem aí!”.
No mês seguinte, em meio aos ataques à população
LGBT, enquanto as notícias falsas sobre a mamadeira com bico de pênis
corriam pelos grupos bolsonaristas e familiares e amigos apoiavam o
candidato do PSL e o discurso homofóbico, Pecorelli confrontou-se pela
primeira vez com uma hipótese: “Achei que sair do país seria solução”,
disse. “Tenho muita identidade com o Brasil, nunca pensei em sair. Pela
primeira vez me confrontei com a ideia.” A situação mexeu com seu
emocional. “Deu uma enorme angústia, uma profunda tristeza e muitas
crises de sono. Evito usar o termo depressão, mas foi muito duro e
bastante triste. Fiquei bastante ansioso. Fico nervoso, com vontade de
ir ao banheiro, desarranjo intestinal, isso aconteceu várias vezes.”
Segundo a OMS, há 11,5 milhões de brasileiros
sofrendo de depressão, o equivalente a 5,8% da população, acima dos 4,4%
da média mundial. No ranking entre países, o Brasil ocupa a 5ª posição e
o 1º lugar entre os latino-americanos. Os dados referem-se a 2015.
Foto: Montagem com reproduções
Quando o assunto são os
distúrbios de ansiedade, o número de brasileiros afetados sobe para 18,6
milhões, o que equivale a 9,3% da população, a mais alta taxa mundial.
De acordo com a Anvisa, em 2018 foram comprados 11,4 milhões de caixas
de zolpidem, medicamento voltado para a indução do sono. Em 2017, foram
8,56 milhões.
Em 2015, já em meio à crise política e econômica,
foram vendidos mais de 76 milhões de caixas de sete tipos diferentes de
ativos para ansiedade (benzodiazepínicos) e para indução de sono
(zolpidem). Apesar da queda verificada entre 2015 e 2016, quando foram
comercializados cerca de 51,89 milhões de caixas de oito tipos
diferentes de ativos, entre 2016 e 2018 o número total de caixas
aumentou na faixa de 10%, para 56,6 milhões. Por outro lado, ainda, o
clonazepam (conhecido como Rivotril) — voltado a transtornos de
ansiedade, humor e síndromes psicóticas —foi o 20º medicamento mais
vendido no país em 2017, segundo o 3º Anuário Estatístico do Mercado farmacêutico , divulgado em 2018. Foi a primeira vez que constou na lista de princípios ativos mais comercializados.
“A tendência é que a prescrição de antidepressivos e
indutores do sono aumente”, afirmou o psiquiatra e psicanalista Nilson
Sibemberg. O psiquiatra, que atende em consultório privado em São Paulo e
em Porto Alegre e na rede pública municipal da capital gaúcha, vê na
precarização do atendimento público um dos fatores para o aumento da
prescrição de remédios. “Você perde a alternativa de encaminhar as
pessoas para outros atendimentos.”
Outro fator é a precarização do trabalho e da renda,
apontada pelo psiquiatra como fator de depressão e angústia. De acordo
com o IBGE, o Brasil tem 12,8 milhões de pessoas desempregadas, o que
equivale a uma taxa de 12% (eram 12,4% no mesmo período de 2018). Já o
número de pessoas na chamada economia informal aumentou 5,2% no período,
passando a 11,5 milhões de pessoas. “As pessoas estão com um temor
muito grande de perder aquilo que é seu sustento. Isso se traduz em mais
depressão e mais angústia”, afirmou. “Nesse momento, a gente tem —
principalmente entre os jovens e algumas pessoas com mais idade — um
sentimento de desamparo diante do futuro.”
Para o artista pernambucano Lucas de Albuquerque,
de 28 anos, os piores momentos são aqueles em que não consegue se
aproximar das pessoas por sua visão de mundo. “Acabo descontando em
bebida, em droga”. Antes, ele só bebia nos finais de semana; agora, bebe
até quatro vezes por semana. Foto: Marcelo Regua / Agência O Globo
Um trauma nacional, assim como
um pessoal, é tão desorientador quanto apavorante. Faz com que o
conhecimento adquirido seja posto em xeque. Os terapeutas aconselham
então que duas perguntas sejam respondidas na busca da cura: 1) Como
integrar esta crise a nosso entendimento do mundo? 2) O que fazer agora?
O otimismo também é um mecanismo de defesa. Pode nos
manter flutuando sobre as águas turvas do sofrimento. Quando a realidade
é dura demais para se suportar, apegar-se a um futuro melhor pode nos
ajudar a seguir em frente. O pensamento positivo, quando mal-empregado, é
irritante e inútil. Acreditar que “tudo vai ficar bem” abre espaço para
o desespero, porque, a cada vez que as coisas não ficam bem, nos
sentimos derrotados novamente. O otimismo não é sempre saudável. Pode
nos deixar complacentes, exaustos e inteiramente separados de nossas
psiques.
Em face dessas calamidades, o pensamento catastrófico
é uma resposta racional. A dor não pode ser evitada. Lutar contra a
dor, entretanto, é o que incute a maioria de nosso sofrimento. A
dolorosa realidade pode ser aceita completamente, sem julgamentos.
Quando algo horrível acontece, a reação natural é lutar contra isso. No
entanto, lutar contra nossa agonia não vai mudá-la. Ficamos melhores
quando aceitamos o que aconteceu, permitindo que aquilo nos mude e
agindo a partir do que restou.
Claro, algumas circunstâncias podem ser modificadas
com as ferramentas corretas. Entretanto, há muitas coisas que não se
pode mudar. É sensato aceitar as verdades estabelecidas para que
possamos seguir em frente, em vez de ficarmos paralisados de choque e
indignação.
Foto: Montagem com reproduções
Lembre-se de que aceitar não é
tolerar. Aceitar não é dizer “Isso está certo”. É dizer “Isso é o que
é”. Particularmente, a aceitação radical muitas vezes nos leva a um
estado de pesar, à medida que nos conformamos com duras realidades.
Talvez nos encontremos num estado de profunda tristeza. Caso isso
aconteça, dê-se um tempo para senti-la e honrá-la.
O mindfulness — a arte da atenção plena — está
revolucionando os cuidados com a saúde mental. Pesquisas demonstram os
benefícios na prática de mindfulness. Para promover o bem-estar, podemos
aprender a praticar a atenção plena tanto ao momento presente quanto ao
bem, da forma que o entendemos. Ao encararmos um mundo frequentemente
deprimente e enlouquecedor, isso pode significar nos concentrarmos, com
atenção, no trabalho inspirador que nos cerca. Cada vez que sentir o
desespero começar a aparecer, dirija sua atenção para a bondade,
generosidade e boa vontade ao seu redor. Há, por exemplo, um desabrochar
sem precedentes de ativismo. Se nossos olhos estão sintonizados com a
luz, encontraremos a luz. Ou não.
No comments:
Post a Comment