February 13, 2020

Meninos da capa de 'Clube da Esquina' processam Milton, Lô e EMI por imagem

Capa do disco 'Clube da Esquina', que teve foto feita pelo fotógrafo Cafi


“A cara do Brasil” é uma das expressões mais recorrentemente usadas para falar da capa de “Clube da Esquina”, disco de 1972 estabelecido como um dos clássicos da música brasileira. A imagem, tão reconhecida quanto as próprias canções, exibe duas crianças sentadas em uma estrada de terra —uma delas, descalça e com um pedaço de pão na mão; a outra, olhando desconfiada para a câmera.

Por anos, a crença popular era de que aqueles garotos eram Milton Nascimento e Lô Borges, principais nomes por trás das canções de “Clube da Esquina”. Na verdade, eram Antônio Carlos Rosa de Oliveira —o Cacau—, e José Antônio Rimes —o Tonho—, dupla que passou quatro décadas sem saber que estava numa das capas de disco mais icônicas do país. Desde 2012, eles pedem na Justiça R$ 500 mil por danos morais e uso indevido da imagem

 Os alvos do processo, que tramita no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, são Milton, Lô, a gravadora EMI, que lançou o disco, e a editora Abril, que reeditou o álbum em CD como parte de uma coleção em 2012. A EMI foi incorporada pela Universal, que, caso a Justiça aja de forma semelhante ao famoso caso de João Gilberto, pode herdar o processo.

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