May 31, 2017

Andreas von Richtofen e Pedrinho Rosalino: Dois destinos, 15 anos depois

Andreas von Richthofen e Pedro Rosalino tinham 15 e 16 anos, respectivamente, quando comoveram o Brasil: um, pelo assassinato dos pais pela irmã, e outro por ter sido encontrado após 16 anos de sequestro. Hoje, Andreas enfrenta o drama do crack, e Pedro é advogado de Aécio Neves na Lava-Jato.




Irmão de Suzane von Richthofen é retirado de Cracolândia em São Paulo

Andreas foi encaminhado a hospital, após ser detido, desorientado, tentando pular o muro de uma casa


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  Com escoriações pelo corpo e desorientado, Andreas Albert von Richthofen, único irmão de Suzane von Richthofen, condenada pelo assassinato dos próprios pais, foi internado na madrugada desta terça-feira no Hospital Campo Limpo. Segundo funcionários do hospital, ele teria sido detido por policiais militares quando tentava pular o muro de uma residência em uma área frequentada por usuários de crack.

Andreas estava agitado, desorientado e agressivo, como relataram agentes que o atenderam. No prontuário, ao qual O GLOBO teve acesso, a médica que o atendeu afirmou que os sintomas de Andreas eram condizentes com "abuso de substâncias ilícitas". Quando chegou ao hospital ele estava, ainda segundo os enfermeiros ouvidos pela reportagem, sujo, com os cabelos compridos e roupas em frangalhos. Tinha múltiplos ferimentos pelo corpo, mas em nenhum deles precisou levar pontos.
A Polícia Militar, no entanto, informou no início da noite desta terça-feira que o rapaz foi detido na Rua Engenheiro Alonso de Azevedo. A PM afirmou que a região não se trata de uma área de Cracolândia.

Atendido pela psiquiatra de plantão, Andreas tentou se jogar da maca quando soube que ficaria internado. Foi feito um cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) para o rapaz que completará 30 anos em julho. Andreas tinha apenas 15 anos quando os pais foram mortos pela irmã, em conluio com o namorado Daniel Cravinhos e o irmão dele.

Ao ser internado, a preocupação de Andreas era com uma medalhinha dourada em que se lia o sobrenome Richthofen, retirado dele no hospital para evitar que ele se ferisse com o objeto. Limpo e medicado com tranquilizantes, Andreas foi colocado sozinho em um quarto, por discrição. A assistência social do hospital localizou um tio de Andreas, que havia se disposto a comparecer ao local, mas não havia aparecido até o início da noite.

O GLOBO ainda não conseguiu contato com o tio. Andreas seria transferido para a Casa de saúde São João de Deus, uma comunidade terapêutica religiosa que firmou convênio com a prefeitura para receber, por meio do SUS, usuários de drogas de São Paulo.


Medalhinha dourada com brasão da família Richthofen que foi encontrado com Andreas 

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