July 9, 2009

Vai dar o maior Fuzuê!



João Sette Camara

Todos os becos levam ao fuzuê.
A frase, que poderia ser ouvida num desfile de carnaval do Cordão da Bola Preta, serve bem para descrever o Fuzuê, casa comandada pelo ator e produtor José Loyola, na Praça Tiradentes. Primeiro projeto do programa Monumenta — iniciativa do Ministério da Cultura para conjugar recuperação e preservação do patrimônio histórico com desenvolvimento econômico e social — a sair do papel, o lugar, aberto dia 13 de maio, já tem uma programação interessante e promete dar o que falar no futuro.

Com o objetivo de criar no sobrado histórico de três andares um boteco que reunisse gastronomia e arte, Loyola e seu sócio acabaram fazendo um misto de restaurante, bar e minicentro cultural, que está aberto aos novos talentos de toda e qualquer manifestação artística.
Às segundas-feiras à noite, costuma rolar por lá uma inusitada seresta comandada pelo ator Conrado Freitas, de 84 anos, que é acompanhado por Adilson Werneck. Às terças, há um encontro de poesia e às quintas, o terceiro andar da casa é tomado pela dança de salão.

Durante o fim de semana, a coisa fica ainda mais animada: a partir de hoje começam a rolar festas em que o tema principal é o zouk, gênero musical caribenho que chegou ao Brasil pelo Pará e que conquista cada vez mais adeptos no Rio. Já no sábado, a programação é bem carioca: feijoada com roda de samba. Em tempo: todas as apresentações têm couvert artístico que varia de R$ 5 a R$ 15. A feijoada, para dois, é R$ 22,30.

O Fuzuê acabou de abrir, e poucas vezes vi um lugar tão simpático e disponível a qualquer um que queira mostrar o seu talento: basta chegar lá e fazer uma proposta. Acho que esse fuzuê ainda vai longe.

Fuzuê: Rua Pedro I 20, Centro — 2221-3486. Seg a qui, das 11h às 22h (o preço de acordo com a atração). Sex e sáb, das 11h até o último cliente. R$ 10. Livre.


Reproduzido do suplemento RioShow, jornal O Globo

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